Atualmente vivemos em um mundo onde os avanços tecnológicos nas áreas de transporte e comunicação, com a criação da internet principalmente, fazem com que as distâncias sejam encurtadas, nos dando a ideia de que o mundo ficou menor. A velocidade com que são passadas as informações torna possível que a mesma notícia, informação ou acontecimento, chegue ao mesmo tempo em diferentes lugares.
Invenções como o telégrafo, rádio, telefone, avião e televisão, buscavam a remoção das fronteiras do espaço, queriam o desaparecimento das barreiras físicas para que o transporte e circulação de produtos, matérias-primas, pessoas, capital e informação, fosse livre. Mas nenhuma inovação teve tamanho sucesso como as inovações de tecnologia das informações estão tendo.
Tal rapidez da comunicação provoca uma nova cultura na economia global, onde os mesmos eventos podem ser uma vivência e experiência comuns às pessoas de todos os lugares ao redor do mundo, tendo como exemplos disso a crise financeira ocorrida no ano de 2009 e a Olimpíada de Pequim, a qual teve o público telespectador estimado em dois bilhões de pessoas.
Velocidade, instantaneidade e simultaneidade são características dessa nova era da informacionalidade, onde o tempo passa a ser relativizado, e até mesmo comprimido a tal ponto, que desapareça.
Notamos que está em um período de intensas alterações, uma verdadeira revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação que remodela a base material da sociedade em ritmo acelerado, onde podemos até mesmo notar mudanças significativas na própria estrutura do capitalismo nos dias de hoje, como: flexibilidade de gerenciamento; descentralização das empresas e as respectivas organizações em redes internas e externas (com outras companhias e instituições); fortalecimento do papel do capital frente ao trabalho; individualização e diversificação das relações de trabalho; incorporação das mulheres na força de trabalho remunerada; intervenção estatal para desregular os mercados e desfazer o estado do bem estar social; e elevação da concorrência econômica global. Essa globalização comercial estimula a competição entre as empresas, forçando-as a buscarem eficácia, gerando cada vez mais um aperfeiçoamento no trabalho, na técnica e nos produtos finais.
Com a aceleração dos sistemas de comunicação e dos fluxos de informações em conjunto com técnicas mais modernas de distribuição, permitem maior circulação de mercadorias e aperfeiçoamento das atividades. Os bancos utilizam os cartões de plástico como substituto do dinheiro em papel para que os fluxos de capitais ou transações bancárias sejam feitos em uma agilidade maior, permitindo também a aceleração nos serviços e uma maior iteração global dos mercados financeiros.
O informacionalismo é então definido e constituído pela crescente utilização de tecnologia da informação baseando-se em redes virtuais que permitem a unicidade das técnicas, a convergência dos momentos e a unidade da vida social. O fluxo de informações se torna o diferencial e diminui as distâncias, de modo que essas mudanças criam um novo tipo de cultura, denominada “cultura virtual”, auxiliando a cultura de massa e seu domínio. O alcance da nova realidade informacional é mundial, e prova que, a globalização é uma das principais responsáveis por esse novo momento.
Texto desenvolvido baseado no artigo "Castells: a era do Informacionalismo" de Rodrigo Fonseca de Almeida. Válido como trabalho de conclusão para a disciplina Cultura Brasileira, ministrada pela professora Maria das Graças Pinto Coelho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Por : Ana Beatriz Cortez, Fábio Clementino, Felype Joseh, Gabriel Souza Nunes, Maria da Conceição de Oliveira, Nathalia Caroline Santander, Rodrigo César Neves.
Parabéns ao grupo! Castells talvez seja o maior pensador da articulação entre cultura, tecnologia, sociedade e economia na contemporaneidade. Vocês conseguiram dialogar bem com o autor, ressaltando as transformações entre a cultura de massas e de redes. Graça
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