Além de se apresentar com uma roupa colada ao corpo, dando uma aparência de nudez, ao fim da apresentação, o público é estimulado a tocar no corpo daquela “criatura selvagem”. Para suportar a rotina, ela recorre ao uísque, e as humilhações sofridas são suportadas silenciosa e amargamente. A “Vênus Hotentote” desperta a curiosidade de cientistas que pagam uma boa quantia para estudar as “peculiaridades” de seu corpo.
O filme possui cenas longas que mostram o quanto àquela mulher era terrivelmente exposta, tocada e estudada como um animal, provocando uma angustia nos espectadores, que se mantêm concentrados em quase três horas de filme. Saartjie, quando faleceu, teve seu corpo vendido; foi empalada e exposta nua no Musée de l'Homme, em Paris. Seus órgãos genitais, cérebro, e esqueleto foram expostos por quase 200 anos. Em 2002, Nelson Mandela exigiu o regresso dos restos mortais de Saartjie Baartman à África do Sul, para um enterro digno.
Filme de Abdellatif Kechiche, conta essa triste história que provoca comoção e indignação com a violência, exposição e humilhação sofrida por Saartjie que continuou mesmo depois de sua morte.
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