Não foi um grande jogo, nada de brilhante. Mas foi carregado de tensão e, depois, de polêmica esse empate de zero a zero entre Santos e Peñarol, em Montevidéu, na primeira partida da decisão da Taça Libertadores da América.
Que tal começar pela polêmica? Passava dos 40 minutos do segundo tempo quando, lançado na área, já perto do gol, o atacante Alonso empurrou a bola para as redes. Gol do Peñarol? Não, o gol foi anulado pelo árbitro paraguaio Carlos Amarilla (o árbitro cabe decidir) foi alertado pelo assistente, Nicolás Yegro, de Alonso estava impedido. E com razão. Vi, pela tevê, várias vezes a jogada. E Alonso estava mesmo em posição de impedimento quando empurrou bola para as redes e marcou o gol anulado. Aliás, prova de coragem da arbitragem, pois os nervos estavam à flor da pele no Estádio Centenário, com todo um clima favorável aos uruguaios.
Quanto à tensão, ela tomou lugar da técnica e do brilho, bem ao feitio da Libertadores, nesse primeiro jogo da decisão. Diria até que o Peñarol, movido pela garra, teve chances mais claras de marcar, principalmente no primeiro tempo- numa dessas chances, no finzinho da primeira etapa, o centroavante Olivera, cara a cara com Rafael, encobriu o goleiro e o travessão, num arremate patético para um goleador.
O Santos teve uma ou outra oportunidade, numa cabeçada de Zé Eduardo e num chute fraquinho de Neymar. Aliás, Neymar, que levou cartão amarelo logo no início, esteve longe de ser o craque que dizem ser, foi incrivelmente apagado no jogo, chegando a ser patético. Por sua vez, o mais badalado do Peñarol, Martinuccio também esteve apagado. Assim, tivemos um jogo pegado, corrido. Mas sem luxos e brilhos
Fica a decisão para a próxima quarta-feira. Uns dizem que o favoritismo está com o Santos, mas futebol é futebol, ainda mais quando se trata de uma final de libertadores. Peñarol vem muito forte pro Pacaembu, preparado pra bater de frente e jogar de igual pra igual. Mas como não quero ficar em cima do muro, tenho que dar um palpite, mesmo não havendo favoritos; Peñarol leva esse caneco para o Uruguai.
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