Hoje em dia é inegável a influência que a internet e as redes sociais exercem em nosso cotidiano, principalmente quando se trata de contatos e informações. Sendo assim, o ambiente virtual se constitui em um espaço para ver e ser visto, um espaço para as representações pessoais.
É comum quando conhecemos alguém perguntar logo após o nome, seu endereço no twitter e Orkut. Esta é uma das principais formas de integração social atualmente, tanto que aqueles que não fazem parte da “rede” são estranhados pelos demais.
É curioso perceber que as representações que os jovens fazem de si nem sempre corresponde ao que a pessoa é na “realidade”. Aliás, é muito difícil estabelecer o que é “realidade” e ficção; ou seja, determinar se uma característica pessoal anunciada nas redes sociais corresponde realmente ao que a pessoa é. Conheço pessoas extremamente tímidas no dia a dia, mas quando se trata de redes sociais estes mesmos indivíduos são considerados populares, tanto que nem parecem as mesmas pessoas. Também sei de outras que na “realidade” gostam de axé e forró, mas nas redes sociais participam de comunidades como Led Zeppelin e Os Paralamas do Sucesso. Poderíamos interpretar que, nestes casos, as representações são utilizadas para que possamos construir uma imagem de nós mesmos, a fim de sermos o que gostaríamos de ser, ou de nos considerarmos aceitos pelos outros.
Se existem tantas representações quanto os grupos sociais, percebemos que precisaremos nos “representar” em cada grupo ao qual estivermos vinculados no momento. Representar não é atuar, não é utilizar “máscaras sociais”, mas sim adaptar-se ao mundo ao nosso redor.
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