Não foi sempre que os jogos eletrônicos foram alvo constante de grande controvérsia. Antigamente, por volta da década de 70, quando os primeiros video games começavam a ser comercializados, eram tão simples que não havia motivo para críticas, censura ou repúdio. Porém, estamos em 2011 - os jogos estão incomparavelmente mais modernos e bem feitos, muito mais variados e beirando cada vez mais a realidade - e o contexto é outro. Agora, os jogos estão constantemente em pauta, porém, geralmente, para serem criticados ou acusados de deixarem os jovens impacientes e agressivos.
Sim, é bem verdade que jogos como Grand Theft Auto, God of War e Mortal Kombat possuem um nível elevado de violência gráfica, conteúdo sexual e de profanidade, mas a pergunta é: os desenvolvedores desses jogos querem apenas dar a oportunidade de um entretenimento que as pessoas nunca terão na vida real ou incentivar a violência? Eu fico com a primeira opção.
Os games da série Grand Theft Auto são sucesso absoluto de vendas pelo mundo justamente por proporcionarem ao jogador ações que, se ele tiver o mínimo de discernimento, nunca as fará. Este jogo nos coloca no papel de um fora da lei em uma cidade enorme a ser explorada, onde o jogador tem liberdade para fazer quase tudo: matar pedestres, assaltar lojas, roubar carros e até mesmo pagar garotas de programa!
Sim, soa imoral para algumas pessoas, mas o game é muito divertido, só entende quem já o jogou. Não é de se surpreender que as vendas do popular GTA foram banidas em vários países e proibidas para menores de 18 anos em outros tantos. Uma personalidade famosa na luta contra a comercialização de games como GTA é a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, a qual já declarou sua aversão a jogos violentos.
Aqui no Brasil, um caso recente de proibição de vendas foi o game Bully, da mesma polêmica produtora do GTA - a Rockstar Games (que possui outros jogos polêmicos como Manhunt e Max Payne). No game Bully, o jogador assume o papel de um aluno de 15 anos novato em um colégio interno americano. Nele, o protagonista pode assumir o papel que jogador bem entender: bater em alunos que o provocarem ou não, jogar ovos em professores e bedéis, quebrar coisas do colégio, namorar, ou, no final das contas, ser um bom aluno). O jogo causou um escândalo enorme em políticos moralistas quando foi descoberto que tinha como conseguir um ''beijo gay''. Quando isso foi provado, o game foi retirado das prateleiras de vários países, inclusive no Brasil.
Imagem do jogo Bully |
Em suma, alguns jogos podem ser violentos, possuir conteúdo sexual e profanidades, sim é verdade. E quanto a alguns filmes, livros e seriados; eles não possuem esse mesmo conteúdo dos chamados ''games violentos''? Possuem sim e não são, nem de longe, alvo das mesmas pesadas críticas feitas aos jogos eletrônicos. Como dito anteriormente, basta que o jogador tenha o discernimento de encarar os games apenas como forma de diversão e lazer e não haverá problemas.
Então, GTA só vende porque, no seu âmago, todo ser humano é um genocida reprimido, é isso ou você não soube passar bem sua idéia?
ResponderExcluirEu até concordo, sobre o ser humano e coisa e tal, mas até você poder afirmar que as pessoas só compram GTA para saciar as necessidades geradas por seus danos cerebrais ou abusos de infância, há um longo caminho a percorrer. Talvez fosse melhor apenas ter especulado despretensiosamente sobre o assunto...
No mais, seu texto tá bem escrito. É só tomar cuidado com esse tipo dia afirmação cabal.
Em momento algum falei que o ser humano é genocida... Acredito que GTA é um grande sucesso porque possibilita que façamos TUDO que NUNCA teríamos coragem de fazer na vida real (pelo menos eu) e isso é uma experiência única, gera uma curiosidade enorme, enfim. Além disso, GTA não vende só por esse motivo, o jogo não se resume a matar pessoas e roubar, ele possui uma história rica e envolvente, com personagens carismáticos e marcantes, uma trilha sonora maravilhosa, jogabilidade revolucionária, etc, etc, etc. Fatores que contribuem ainda mais para o seu sucesso. Só não entrei em detalhes porque esse não era o foco deste post. Abraço.
ResponderExcluir... Você não entendeu...
ResponderExcluirJa bati em altos nerds no Bully,esse jogo é demais,zerei em uma semana! #pik
ResponderExcluirEntendi sim. Apenas é o meu ponto de vista, o qual eu reiterei com aspectos que falei no texto. Você deu a sua opinião e levantou uma tese, ok. Eu não acho que a sua tese tenha sido interpretada da mesma forma por muitas outras pessoas, mas enfim. Críticas são bem vindas, é minha segunda postagem em blog em 18 anos de vida, estou aprendendo. :)
ResponderExcluirSe fizéssemos uma pesquisa perguntando por qual motivo pessoas compram os jogos da Rockstar, em especial GTA, tenho certeza que a justificativa seria a de que podemos fazer, no jogo, algo que nunca faríamos na vida real. Eu, pelo menos, comprei por isso ;-)
ResponderExcluirCara, o comentário que eu fiz era puramente sobre a polissemia desta frase em particular: "Os games da série G. T. A. são sucesso absoluto de vendas [...] POR proporcionarem ao jogador ações que, se ele tiver o mínimo de discernimento, nunca fará."
ResponderExcluirNão é moralismo, nem eu me senti atingido por ser gamer ou defendo a 'boa ventura' do jogo. Eu só achei engraçado pensar que GTA vende SOMENTE por possibilitar que as pessoas 'façam coisas que o discernimento não permite fazer na vida real' (daí veio o comentário IRÔNICO sobre os genocidas. O comentário foi meu...)
Eu até gosto de pensar desse jeito, em jogos como válvula de escape, mas a afirmação (só ela, somente ela) não se encaixou bem no TOM do texto, que é informativo e deve ser objetivo.
Por isso eu disse que você poderia ter apenas flertado despretensiosamente com a idéia (desde que se explicasse mais tarde). O problema é que você a apresentou de forma factual, sem deixar qualquer margem para subjetividade ("os jogos vendem POR ISSO..."), quase (e é claro que aqui eu já estou exagerando, ninguém vai pensar uma coisa dessas) como se fosse estastístico.
Eu sei que você entende que GTA não vente SOMENTE por isso. Talvez seja uma maneira legal, meio psicanalítica, de ver o gamer e o ser humano de uma maneira geral, eu GOSTO disso e realmente acho que foi isso que você quis expressar. A minha única crítica é à maneira que você encontrou para expressá-lo, inserida na FORMA (no sentido de "formalismo", mesmo) pela qual você optou ao escrever o artigo.
Só frisando, a acidez do comentário fica por minha conta e vocês podem desconsiderá-la. É costume meu carregar meus pontos de vista de sarcasmo e até um pouco de deboche não intencional. Nunca se torna pessoal, é só uma coisa que sai naturalmente, uma espécie de vômito.
ResponderExcluirArthur, eu acho que a maioria dos jogos proporciona esse sentimento e esse é o grande lance de jogá-los. Interpretar um personagem é uma experiência sempre fantástica.
ResponderExcluirPor que MMORPGs são considerados um dos tipos mais viciantes de jogos? Por que eles transcendem aquela margem simplesmente de controlar um boneco na tela e viver as aventuras dele. Você passa a ser seu personagem. Você evolui dentro do jogo na mesma medida que ele, você interage, faz amigos e inimigos, conquista façanhas que lhe conferem renome, você faz quase tudo o que poderia fazer na vida real, mas montado num grifo, empunhando um cajado mágico, salvando moribundos, trucidando goblins, pilotando navios celestes, enfim, o limite é a criatividade dos desenvolvedores... E a aventura e as possibilidades, digamos, "narrativas", são quase infindáveis.
Os jogos de hoje permitem vivências fantásticas e uma fuga da realidade a nível inédito na história da humanidade. Você abdica um pouco do seu cotidiano e passa a viver em outro universo por um momento. Ele está lá mesmo quando você está offline. É contínuo. É real. Desligar o PC se torna, para seu personagem, como dormir, para você. Você vive.
Acho que muita gente concordaria que jogar é, em grande parte, escapismo.
Pois é, eu apresentei de forma factual mesmo, por ser uma opinião, apenas... Realmente não me passou a cabeça usar uma suposição, pois achei que não haveria discordância. Pode ser que não seja o motivo unânime, há quem concorde (Arthur) e quem discorde e questione se esse é mesmo motivo do sucesso (você). Então, é aquela velha história: os dois defenderão seus argumentos até onde puderem e não chegaremos a um consenso. Não é que eu queira negar que estou errado, mas sim que eu realmente acho que não há nada de mais em minha afirmação. Quanto a ela não estar muito no ''TOM do texto'' eu até concordo, deveria ter desenvolvido mais sobre o sucesso gritante de jogos violentos (Manhunt, Onimusha, 50 Cent: Bulletproof, etc) mas não era bem o foco. Poderia ter sido suprimida do texto? Sim. Mas a sua inserção apresentou apenas uma opinião apresentada na forma de fato, que como Artur falou, ''tenho certeza que a justificativa seria a de que podemos fazer, no jogo, algo que nunca faríamos na vida real''. Bem, é isso. Desculpe se eu repeti alguma coisa nesta argumentação ou deixei de falar alguma coisa. Abraço.
ResponderExcluirMermão, doido... O negócio jogar esses lances, dar porrada na galera e tomar uma bem gelada. HAHA
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, assino literalmente em baixo!
ResponderExcluirLembrando que jogar video-game é um hábito saudável,sendo o jogo violento ou não..até por que, hoje em dia, com excessão dos jogos de esportes eu acho, TODOS os jogos são violentos, então, se alguém quiser jogar um jogo dito não violento..meu,vai jogar Mário! Um estudo já comprovou que jogar video-game, principalmente jogos violentos, é saudável pro nosso cérebro, pois nos prepara para situações de risco que podemos enfrentar na vida real. Apesar de bastante parcial, aconselho a verem a reportagem da Record sobre o assunto..foi POLÊMICA! kkk Abraços!
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